Enfim, o retorno!

As crianças e adolescentes voltaram a conviver no Colmeia! Respeitando todas as orientações de segurança, neste momento eles têm ainda a limitação de dias de atividades presenciais. Após três semanas do retorno, para entender um pouco melhor sobre os efeitos dessa pandemia na quebra das rotinas de convivência a que foram submetidas as crianças e adolescentes e também do comportamento delas neste retorno, foi ouvida a Assistente Social do Projeto Colmeia, Ana Carolina Hyppolito.

P: Depois de 15 meses qual o sentimento de voltar a receber esses meninos e meninas para as atividades presenciais?

R: “O sentimento profissional e humano de recebê-los presencialmente nos dá uma sensação de conforto, pois podemos ofertar nossas capacidades para estar próximo, poder ouvi-los, auxiliar na mudança de atitudes resultantes do isolamento, como o distanciamento das relações, que são responsáveis ou possibilitam perceber e trabalhar as diferenças.

Embora a frequência de cada turma seja uma vez por semana, nós que atuamos no dia a dia, conhecemos cada uma delas, e conseguimos atuar de forma a atenuar possíveis dificuldades. E essa possibilidade de oferecer esse atendimento nos fortalece e nos faz ter mais convicção e consciência do nosso papel na vida das crianças e também de suas famílias.”

P: Quanto ao comportamento da criançada, como eles retornaram?

R: “Neste tempo todo, sempre tínhamos a dúvida sobre como eles estariam e como se comportariam depois de tantos meses de distanciamento, apesar do vínculo ser mantido através de atividades remotas e da vinda deles e de seus responsáveis para retirarem as atividades propostas e o auxílio material oferecido. Para nossa surpresa, percebemos uma evolução no comportamento de muitas delas. Aderiram muito bem aos combinados sobre normas de segurança, como uso de máscaras, distanciamento, como se comportar na hora das refeições e outras situações. É natural que algumas correções são feitas, a espontaneidade delas inspira cuidados.

O que pudemos perceber nestas primeiras semanas é que o Colmeia nunca deixou de ser uma referência a eles, demonstraram a saudade e a vontade de voltar, e com a experiência do distanciamento, valorizaram ainda mais este ambiente. “

P: Sabemos que o atendimento às famílias também é um dos objetivos dos Serviços de Convivência. Como foi a relação com as famílias neste período?

“Nestes meses todos estivemos à disposição das famílias, com atendimento presencial quando necessário, atendimento pelo telefone, grupo de WhatsApp e também as visitas domiciliares em casos que precisamos ter uma atuação mais direta. E para ilustrar a importância desse contato, relato uma visita feita a mãe de uma das crianças atendidas. Uma pessoa com histórico de vida de muitas dificuldades e que em razão disso, segundo ela, não gostava de receber pessoas em sua casa. Mas em virtude do acolhimento, das orientações e do carinho com que foi tratada quando foi matricular sua filha no Colmeia, ela nos recebeu com muita atenção para uma conversa e troca de informações e orientações.

Saber que as famílias percebem nosso esforço na busca de um atendimento mais humano, só faz ter certeza do que temos que fazer e, do que pessoalmente eu idealizo para minha vida.”

A equipe do Projeto Colmeia afirma que o amparo chega a todos através dos braços daqueles que se dispõem a acolher. De braços e de corações como da Ana Carolina e equipe. E de todos aqueles que se oferecem para cuidar e servir.

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